terça-feira, 3 de setembro de 2013

Canção do exílio

Canção do exílio é o poema de Gonçalves Dias  é um dos mais conhecidos poemas da língua portuguesa no Brasil. Foi escrita em julho de 1843, em CoimbraPortugal. O poema, por conta de sua contenção e de sua alusão à pátria distante, tema tão próximo do ideário do Romantismo, tornou-se emblemático na cultura brasileira. Tal caráter é percebido por sua freqüente aparição nas antologias escolares, bem como pelas inúmeras citações do texto presentes na obra dos mais diversos autores brasileiros.


Canção do exílio

"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."

Vocabulário

exílio:1. Expulsão ou mudança forçada de uma pessoa de seu país, por decreto de autoridade, como pena ou castigo. 
2. Abandono de seu próprio país voluntariamente, por inconformismo político; ausência auto imposta de seu próprio país. 
Gorjeiam:  Som agradável,emitido por passarinhos 
várzeas 1 Campina cultivada. 
2 Planície de grande fertilidade. 


 cismarPensar fixamente (em alguma coisa), imaginar .

primores: Beleza, esplendor

desfruteaproveitar com prazer.





1. Desenhe a árvore e o pássaro mencionados no poema.








2. Onde e quando o poema foi escrito?
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3. Quantos versos e quantas estrofes tem o poema?
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4. Em qual estrofe o poeta não menciona a árvore e o pássaro?
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5. No verso 7 "Nossas flores tem mais vida ", a palavra vida  tem sentido e refere-se a:

(A) vigor e refere-se a flores.
(B) fraqueza  e refere-se a vida humana.

6. Reescreva a segunda estrofe e grife suas rimas
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O texto é estruturado a partir do contraste entre a paisagem europeia e a terra natal - jamais nominada, sempre vista com o olhar exagerado de quem está distante e, em sua saudade, exalta os valores que não encontra no local de exílio. A construção patética (de pathos, comoção) é feita pela repetição das idéias expostas nos versos iniciais e pela súplica dos últimos versos:
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá
Sem que desfrute dos primores
Que não encontro eu cá
Sem qu'inda aviste as palmeiras
Onde canta o sabiá
O poema é marcado por uma contenção formal, uma economia de termos e um cuidado métrico que seria aos poucos abandonado pelos poetas românticos posteriores. Sua forma equilibrada tornou-o material perfeito como texto declamatório. A grande exposição do poema ao longo da história literária brasileira teria, para alguns autores, banalizado a criação ao ponto de extrair do leitor contemporâneo o impacto inicial de seus versos.

Fonte: Wikipédia



 Gonçalves Dias (1823-1864) nasceu no Caxias (MA), no dia 10 de agosto de 1823.

Foi estudar na Europa, em Portugal em 1838 onde terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1840), retornando em 1845, após bacharelar-se. Atravessando graves problemas financeiros, Gonçalves Dias é sustentado por amigos até se graduar bacharel em 1844.


Ainda em Portugal, escreveu sua famosa poesia “Canção do exílio”, a qual mostra o saudosismo do autor em regressar ao Brasil. De volta ao país de origem, tem alguns casos amorosos e vive uma paixão por Ana Amélia. No entanto, a mão da jovem é recusada pelo fato de Gonçalves Dias ser mestiço. Acometido por doenças regressa à Europa em busca de tratamento. Na volta ao Brasil, o poeta morre nas costas do Maranhão, no naufrágio do Ville de Boulogne, navio no qual estava no dia 3 de novembro de 1864.

1- A sigla MA significa

(A) Mato Grosso
(B) Maranhão
(C) Amazonas

2- Com que idade Gonçalves Dias faleceu?

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3- Quem estuda Direito qual profissão vai exercer?

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4- Em qual continente fica Portugal?

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5- Em qual continente você mora?

(A) Continente Asiático.
(B) Continente Europeu.
(C) Continente Americano.
(D) Continente Africano.


                  Outras canções de exílio


Canção do Exílio
(Casimiro de Abreu) 

Eu nasci além dos mares:
Os meus lares,
Meus amores ficam lá!
— Onde canta nos retiros
Seus suspiros,
Suspiros o sabiá!

Oh que céu, que terra aquela,
Rica e bela
Como o céu de claro anil!
Que seiva, que luz, que galas,
Não exalas
Não exalas, meu Brasil!

Oh! que saudades tamanhas
Das montanhas,
Daqueles campos natais!
Daquele céu de safira
Que se mira,
Que se mira nos cristais!

Não amo a terra do exílio,
Sou bom filho,
Quero a pátria, o meu país,
Quero a terra das mangueiras
E as palmeiras,
E as palmeiras tão gentis!

Como a ave dos palmares
Pelos ares
Fugindo do caçador;
Eu vivo longe do ninho,
Sem carinho;
Sem carinho e sem amor!

Debalde eu olho e procuro...
Tudo escuro
Só vejo em roda de mim!
Falta a luz do lar paterno
Doce e terno,
Doce e terno para mim.

Distante do solo amado
— Desterrado —
A vida não é feliz.
Nessa eterna primavera
Quem me dera,
Quem me dera o meu país!

                                       Lisboa, 1855



                                                                Vocabulário

Retiros: lugares tranquilos
Seiva: vigor, energia, entusiasmo
Galas: pompas, luxos, festas
Exalas: emanas, soltas de ti
Safira: pedra preciosa de cor azul
Se mira: se reflete, se espelha
Palmares: regiões do Nordeste cobertas de palmeiras
Debalde: em vão
Desterrado: exilado

1- Onde e quando o poema de Casimiro foi criado?

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2- Entre a criação do poema de Gonçalves Dias e a de Casimiro de Abreu, quantos anos transcorrem?

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3- Quais substantivos são idênticos nos dois poemas?

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4- Quantas estrofes tem esse poema?

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Reescreva a segunda estrofe e indique as rimas.

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                         Canção do Exílio

Carlos Drummond de Andrade também escreve a sua Nova canção do exílio, em 1945, que é dedicada a Josué Montello. Das diferentes leituras do poema Canção do Exílio que possibilitam o conhecimento da nossa pátria ao mesmo tempo em que nos reconhecemos como parte dela, é meu preferido.

Drummond, mais filosófico, reflete, em seu poema, sobre a distância da felicidade existente na sua terra natal e não tem o tom crítico de Oswald de Andrade e Murilo Mendes.
O poeta, em sua releitura, retoma a imagem do sabiá e da palmeira para idealizar um lugar indeterminado. Na construção “um sabiá, na palmeira, longe” percebe-se a indeterminação – de qual sabiá? Em que palmeira? Longe onde? Como sabiá e palmeira já estão plantados na imaginação do leitor, ele apenas os enuncia.

No final do poema, o poeta inverte a posição do sabiá/palmeira e, além de determinar “a palmeira, o sabiá”, através do uso do artigo definido, substantiva o advérbio “longe”, reforçando a ideia de exílio: o “longe”, lugar de onde veio. Esse afastamento constitui o seu exílio.

Drummond vai além do nacionalismo, discute sobre os lugares míticos que criamos na imaginação, em geral associados à terra natal: "onde tudo é belo / e fantástico: / a palmeira, o sabiá, / o longe".

Nova Canção do Exílio

Um sabiá
na palmeira, longe.
Estas aves cantam
um outro canto.
O céu cintila
sobre flores úmidas.
Vozes na mata,
e o maior amor.
Só, na noite,
seria feliz:
um sabiá,
na palmeira, longe.
Onde tudo é belo
e fantástico,
só, na noite,
seria feliz.
(Um sabiá,
na palmeira, longe.)
Ainda um grito de vida e
voltar
para onde tudo é belo
e fantástico:
a palmeira, o sabiá,
o longe.
(Carlos Drummond de Andrade)

Que diferença você nota entre o poema de Casimiro de Abreu e o de Drummond?

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Canção do Exílio Facilitada

lá?
ah!
sabiá…
papá…
maná…
sofá…
sinhá…
cá?
bah!

José Paulo Paes

Esta é outra paródia à “canção do exílio”.
Nesta paródia toda a imensa canção é resumida e mantem-se apenas as ‘coisas’ mais importantes:
  • a estrutura principal de rimas
  • a idéia central.
O “lá? ah!” dá valor à terra que está distante, o Brasil. Depois começa a evidenciar diversos aspectos positivos da terra brasileira: “sabiá, papa, mana, sofá, sinhá”. E, por fim, termina-se mostrando a insatisfação com o lugar onde se está “cá? bah!”.

1- Quantos substantivos há no poema?

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Quantos advérbios foram usados?

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4- Que significado tem a palavra ?

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5- A interjeição ah expressa o que?

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6- O que representa o adverbio ?

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7- O que bah significa?

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Por Paula Perin dos Santos


A “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias inspirou vários poetas de diversas épocas.

O poema “Canto de regresso à pátria”, de Oswald de Andrade, é uma produção realizada no início da década de 20, época que se caracterizava pelo nacionalismo crítico e por uma revisão tanto da história do Brasil como da produção literária anterior que, segundo o pensamento da época, havia uma apropriação inadequada das produções e ideais estrangeiros. Oswald foi o precursor do antropofagismo, que significa “comer o que vem de fora, desfazendo-se do que é de fora e incorporando elementos nacionais”. É nessa perspectiva que Oswald critica a forma ufanista de Gonçalves Dias ao valorizar os elementos nacionais. No “Canto de regresso à pátria”, Oswald, por trás do humor e da sátira, ainda mantém o caráter nacionalista na poesia, mas sob um olhar crítico. A Rua 15, que abriga as principais agências bancárias do país, contrapõe-se ao progresso de São Paulo, que implica em mais poluição, desapropriação da natureza para dar lugar aos arranha-céus e à desigualdade social.

Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte pra São Paulo
Sem que eu veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo.

Murilo Mendes, em sua “Canção do Exílio”, utiliza o mesmo humor e sátira de Oswald de Andrade, mas foi mais ousado ao apresentar uma nova perspectiva em sua releitura: denuncia a invasão cultural estrangeira no Brasil. O nacionalismo em seu poema se fundamenta numa crítica à realidade sócio-cultural brasileira. Ele não se conforma em se aceitar tudo o que vêm de fora: as frutas, os pássaros, os artistas, as ideologias… Ele tem consciência de que também temos coisas boas e que temos de valorizá-las. Ele mostra, porém, que quando isso acontece, o preço das coisas sobem: temos de comprar frutas de “quinta categoria”, que são baratas, pois as nossas frutas, que são às melhores, são exportadas e, quando comercializadas aqui, custam “o olho da cara”. Essa desigualdade sócio-cultural faz o poeta sentir-se um exilado em sua própria terra:

Eu morro sufocado
Em terra estrangeira
Nossas flores são mais bonitas
Nossas frutas são mais gostosas
Mas custam cem réis a dúzia.

Na última estrofe, o poeta propõe uma forma de “abrasileirar” o Brasil, expressa pela vontade de “chupar uma carambola de verdade” (da terra, do Brasil) e de ouvir um sabiá cantar, mas que tenha uma certidão de nascimento que comprove a nacionalidade brasileira.

Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
E ouvir um sabiá com certidão de idade!

Mário Quintana, poeta modernista, em sua releitura “Uma Canção”, não apresenta um exílio geográfico, mas de uma inadaptação da realidade que o envolve: o onde e o agora. É através desse questionamento da existência que o poeta nega dois valores fundamentais do texto-mãe: “as palmeiras e o sabiá”, quando afirma que “As aves invisíveis cantam em palmeiras que não há”.
Ele se sente como Murilo Mendes, um exilado em sua própria terra:

Mas onde a palavra “onde”?
Terra ingrata, ingrato filho,
Sob os céus de minha terra
Eu canto a Canção do Exílio!

Na música “Sabiá”, de Tom Jobim e Chico Buarque, estamos diante de um “eu” que vive um exílio forçado. Apesar de reconhecer que os valores de sua terra foram destruídos, esse “eu” insiste em querer voltar, na esperança de que um novo tempo se anuncie:

Vou voltar
Vou deitar à sombra de uma palmeira
que já não há
Colher a flor que já não dá
E algum amor, talvez possa encontrar
As noites que eu não queria
E anunciar o dia
Vou voltar (…)

Em “Outra Canção do Exílio”, Eduardo Alves da Costa, poeta também contemporâneo, percebemos o mesmo sentimento de Mário Quintana: o poeta sente-se exilado em sua terra. O poema transpassa uma onda de amargura, já que o poeta faz profunda crítica à situação social brasileira partindo de situações do cotidiano, como o futebol.

Minha terra tem Palmeiras
Corinthians e outros times
De copas exuberante
Que ocultam muitos crimes.

Apenas nestes quatro versos o poeta denuncia o fanatismo dos torcedores e a violência nos estádios. O poeta aponta a rivalidade dos dois times, cujo número de brigas nos estádios e fora deles é freqüente. O futebol no Brasil é motivo de ufanismo, citamos o exemplo do Governo Médici, com seu lema “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Médici aproveitou o momento da Copa de 70 para fazer sua propaganda política, que girava em torno dos seus planos, como o conhecido “milagre econômico”, que se baseava na entrada de capital estrangeiro no país. Enquanto a atenção dos brasileiros estava voltada aos jogos da Copa do Mundo, aqui aconteciam repressões, exílios, censura e violência contra quem denunciava os abusos do governo.
O poeta também denuncia a poluição como conseqüência do progresso. Antes, ele era livre e feliz, cantava nos matagais, pois não havia violência. Hoje o matagal é sinônimo de assassinato. Por isso o poeta se queixa:

Em cismar, sozinho, ao relento,
sob um céu poluído, sem estrelas,
nenhum prazer encontro eu cá

O poeta chega a constatação de realidade de um país que possui muitas riquezas minerais e humanas, mas que é explorada de forma inadequada por uma situação política opressora. Assim, o seu exílio é decorrente pela falta de liberdade existente em seu próprio país; o poeta chega a temer que “lhe fechem os olhos” por ver demais:

Não permita Deus que eu morra
Pelo crime de estar atento;
E possa chegar à velhice
com os cabelos ao vento
de melhor momento.
Que eu desfrute os primores
do canto do sabiá;
Onde gorjeie a liberdade
Que não encontro por cá.

A mais contemporânea releitura da “Canção do Exílio” foi feita por Jô Soares, a “Canção do Exílio às Avessas”. Este poema trata da situação política do Brasil de 90/92, ano do impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo. Através da paródia, recheada de sátira e humor, o poeta fala das belezas, modernidade, conforto e mordomia que é o Palácio da Alvorada e, o mais interessante, é o horror que o eu-lírico (Collor) tem de voltar à sua terra, Alagoas. Ele faz referência à sua “amizade” com PC Farias, caixa-dois de sua campanha para presidente e cúmplice de suas falcatruas. O seu lema era acabar com os Marajás e até com isso o poeta brincou, ao mencionar a Ilha de Marajó. Como o próprio título do poema sugere, ao invés do eu – lírico sentir saudades de sua terra, como nos outros poemas, o que ele mais suplica é:

Não permita Deus que eu tenha
De voltar pra Maceió
Pois no meu jardim tem lagos
Onde canta o curió
E as aves que lá gorjeiam
São tão pobres que dão dó.

Enquanto o poema matriz de Gonçalves Dias possui rimas oxítonas em “á” (sabiá, cá, lá), a “Canção do Exílio às avessas” mantém a rima oxítona em “ó” (curió, Maceió, Marajó, cocoricó, cipó, dó, avó, xilindró, xodó). Assim, ele canta a vida boa que agora leva e as belezas da “Dinda”, desprezando suas origens, costumes e a realidade social de seu povo. O poema é cheio de imagens, o que nos permite a visualizar cada verso do poema. De um lado, a paisagem nordestina, multifacetada: cactos, meninos nus, barrigudos, pele tostada, galináceas, contrastando com outra realidade: o mundo dos poderosos, corruptos, o Palácio Presidencial, com seus lagos e jardins, formando uma paisagem afrodisíaca e, sobre seu trono, o eu – lírico, Collor, desesperado, morrendo de medo de lhe tirarem o posto, suplicando:

E depois de ser tratado
Pelo PC, com xodó,
Não permita Deus que eu tenha
De acabar no xilindró.

Este estudo foi importante, pois nos permitiu investigar, ao longo do tempo, as diversas recriações literárias em torno da mesma temática e tipologia (poemas) do texto matriz, “A Canção do Exílio” de Gonçalves Dias. Percebe-se que cada poeta procura adaptar a releitura ao seu contexto, dando ênfase a um aspecto novo e até assumindo uma postura crítica ao texto original.
Não se pode afirmar que um poema foi melhor que o outro, nem que o texto matriz é, por excelência, o melhor por ter sido o primeiro, pois provamos que a ideia de exílio é remota. O que não se pode negar é que cada poeta procurou apresentar seu propósito e deixar na sua releitura as marcas de seu contexto social, político, cultural e filosófico.

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