quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Chapeuzinho Vermelho



Era uma vez, uma menina tão doce e meiga que todos gostavam dela. A avó, então, a adorava, e não sabia mais que presente dar a criança para agradá-la. Um dia ela presenteou-a com um chapeuzinho de veludo vermelho.
O chapeuzinho agradou tanto a menina e ficou tão bem nela, que ela queria ficar com ele o tempo todo. Por causa disso, ficou conhecida como Chapeuzinho Vermelho.
Um dia sua Mãe lhe chamou e lhe disse:

- Chapeuzinho, leve este pedaço de bolo e essa garrafa de vinho para sua avó. Ela está doente e fraca, e isto vai faze-la ficar melhor. Comporte-se no caminho, e de modo algum saia da estrada, ou você pode cair e quebrar a garrafa de vinho e ele é muito importante para a recuperação de sua avó.

Chapeuzinho prometeu que obedeceria a sua mãe e pegando a cesta com o bolo e o vinho, despediu-se e partiu.
Sua avó morava no meio da floresta, distante uma hora e meia da vila.
Logo que Chapeuzinho entrou na floresta, um Lobo apareceu na sua frente.
Como ela não o conhecia nem sabia que ele era um ser perverso, não sentiu medo algum.

- Bom dia Chapeuzinho - saudou o Lobo.

- Bom dia, Lobo - ela respondeu.

- Aonde você vai assim tão cedinho, Chapeuzinho?

- Vou à casa da minha avó.

- E o que você está levando aí nessa cestinha?

- Minha avó está muito doente e fraca, e eu estou levando para ela um pedaço de bolo que a mamãe fez ontem, e uma garrafa de vinho. Isto vai deixá-la forte e saudável.

- Chapeuzinho, diga-me uma coisa, onde sua avó mora?

- A uns quinze minutos daqui. A casa dela fica debaixo de três grandes carvalhos e é cercada por uma sebe de aveleiras. Você deve conhecer a casa.

O Lobo pensou consigo: "Esta tenra menina é um delicioso petisco. Se eu agir rápido posso saborear sua avó e ela como sobremesa”.
Então o Lobo disse:

- Escute Chapeuzinho, você já viu que lindas flores há nessa floresta? Por quê você não dá uma olhada? Você não está ouvindo os pássaros cantando? Você é muito séria, só caminha olhando para frente. Veja quanta beleza há na floresta.

Chapeuzinho então olhou a sua volta, e viu a luz do sol brilhando entre as árvores, e viu como o chão estava coberto com lindas e coloridas flores, e pensou: "Se eu pegar um buquê de flores para minha avó, ela vai ficar muito contente. E como ainda é cedo, eu não vou me atrasar”.
E, saindo do caminho entrou na mata. E sempre que apanhava uma flor, via outra mais bonita adiante, e ia atrás dela. Assim foi entrando na mata cada vez mais.
Enquanto isso, o Lobo correu à casa da avó de Chapeuzinho e bateu na porta.

- Quem está aí? - perguntou a velhinha.

- Sou eu, Chapeuzinho - falou o Lobo disfarçando a voz - Vim trazer um pedaço de bolo e uma garrafa de vinho. Abra a porta para mim.

- Levante a tranca, ela está aberta. Não posso me levantar, pois estou muito fraca. - respondeu a vovó.

O Lobo entrou na casa e foi direto à cama da vovó, e a engoliu antes que ela pudesse vê-lo. Então ele vestiu suas roupas, colocou sua touca na cabeça, fechou as cortinas da cama, deitou-se e ficou esperando Chapeuzinho Vermelho.
E Chapeuzinho continuava colhendo flores na mata. E só quando não podia mais carregar nenhuma é que retornou ao caminho da casa de sua avó.
Quando ela chegou lá, para sua surpresa, encontrou a porta aberta.
Ela caminhou até a sala, e tudo parecia tão estranho que pensou: "Oh, céus, por quê será que estou com tanto medo? Normalmente eu me sinto tão bem na casa da vovó...”.
Então ela foi até a cama da avó e abriu as cortinas. A vovó estava lá deitada com sua touca cobrindo parte do seu rosto, e, parecia muito estranha...

- Oh, vovó, que orelhas grandes a senhora tem! - disse então Chapeuzinho.

- É para te ouvir melhor.

- Oh, vovó, que olhos grandes a senhora tem!

- É para te ver melhor.

- Oh, vovó, que mãos enormes a senhora tem!

- São para te abraçar melhor.

- Oh, vovó, que boca grande e horrível à senhora tem!

- É para te comer melhor - e dizendo isto o Lobo saltou sobre a indefesa menina, e a engoliu de um só bote.

Depois que encheu a barriga, ele voltou à cama, deitou, dormiu, e começou a roncar muito alto. Um caçador que ia passando ali perto escutou e achou estranho que uma velhinha roncasse tão alto, então ele decidiu ir dar uma olhada.
Ele entrou na casa, e viu deitado na cama o Lobo que ele procurava há muito tempo.
E o caçador pensou: "Ele deve ter comido a velhinha, mas talvez ela ainda possa ser salva. Não posso atirar nele”.
Então ele pegou uma tesoura e abriu a barriga do Lobo.
Quando começou a cortar, viu surgir um chapeuzinho vermelho. Ele cortou mais, e a menina pulou para fora exclamando:

- Eu estava com muito medo! Dentro da barriga do lobo é muito escuro!

E assim, a vovó foi salva também.
Então Chapeuzinho pegou algumas pedras grandes e pesadas e colocou dentro da barriga do lobo.
Quando o lobo acordou tentou fugir, mas as pedras estavam tão pesadas que ele caiu no chão e morreu.
E assim, todos ficaram muito felizes.
O caçador pegou a pele do lobo.
A vovó comeu o bolo e bebeu o vinho que Chapeuzinho havia trazido, e Chapeuzinho disse para si mesma:

“Enquanto eu viver, nunca mais vou desobedecer minha mãe e desviar do caminho nem andar na floresta sozinha e por minha conta”.

(Irmãos Grimm) 



Chapeuzinho Vermelho é um conto de fadas clássico, de origem europeia . O nome do conto vem da protagonista, uma menina que usa um capuz vermelho. O conto sofreu inúmeras adaptações, mudanças e releituras modernas, tornando-se parte da cultura popular mundial, e uma das fábulas mais conhecidas de todos os tempos

Chapeuzinho Vermelho de raiva

                                                         Mário Prata





 _ Senta aqui mais perto, Chapeuzinho. Fica aqui mais pertinho da vovó, fica.
 _ Mas, vovó, que olho vermelho... E grandão... Que que houve?
 _ Ah, minha netinha, estes olhos estão assim de tanto olhar para você. Aliás, está queimada, hein!
 _ Guarujá, vovó. Passei o fim de semana lá. A senhora não me leve a mal, não, mas a senhora está com um nariz tão grande! Tá tão esquisito, vovó.
 _ Ora, Chapéu. É a poluição. Desde que começou a industrialização do bosque que é um Deus nos acuda. Fica o dia todo respirando este ar horrível. Chegue mais perto, minha netinha, chegue.
 _ Mas em compensação, antes eu levava mais de duas horas para vir de casa até aqui e agora, com a estrada asfaltada, em menos de quinze minutos chego aqui com minha moto.
 _ Pois é, minha filha. E o que tem aí nesta cesta enorme?
 _ Puxa, ia me esquecendo: a mamãe mandou umas coisas para a senhora. Olha aí: margarina, maionese Hellmmans, Danone de frutas e até uns pacotinhos de sopa Knorr, mas é para a senhora comer um só por dia, viu? Lembra da indigestão do carnaval?
 _ Se lembro, se lembro...
 _Vovó, sem quere ser chata...
 _Ora, diga.
 _ As orelhas. A orelha da senhora está tão grande. E, ainda por cima, peluda. Credo, vovó!
 _ Ah, mas a culpada é você. São estes discos malucos que você me deu. Onde já se viu fazer música deste tipo? Um horror! Você me desculpe, porque foi você que me deu, mas estas guitarras, é guitarra que se diz, não é? Pois é, estas guitarras são muito barulhentas... Não há ouvido que aguente, minha filha. Música é do meu tempo. Aquilo sim, eu e seu finado avô, dançando valsas... Ah, esta juventude está perdida mesmo.
 _ Por falar em juventude, o cabelo da senhora está um “barato”, hein? Todo desfiado, pra cima, encaracolado. Que qué isso?
 _ Também tenho que entrar na moda, não é, minha filha? Ou você queria que eu fosse domingo no Chacrinha de coque com vestido preto com bolinhas brancas?
Chapeuzinho pula para trás:
 _ E esta boca imensa???!!!
  A avó pula da cama e coloca as mãos na cintura, brava:    
_ Escuta aqui, queridinha: você veio aqui hoje para me criticar, é?!


O QUE SIGNIFICA

Guarujá: praia no estado de São Paulo.
Industrialização: instalação de indústrias.
Indigestão: mal-estar por ter comido demais.
Finado: pessoa que faleceu.
Valsa: uma dança.
Encaracolado: cacheado.

Coque: penteado que se prende o cabelo todo para trás.







CONVERSANDO SOBRE O TEXTO

   Entenda como Mário Prata recontou a história de Chapeuzinho Vermelho respondendo a estas perguntas.

a) Quais partes da versão original o autor NÃO usou?
* Não usou a cena inicial, da mãe enviando a folha à casa da avó; o encontro da menina e do lobo na floresta; a cena em que o lobo devora a avó; e, nas versões em que tem o salvamento da Chapeuzinho.

b) Que parte da versão original ele usou?
* Apenas o famoso diálogo de Chapeuzinho com o lobo travestido de avó.

c) Na versão original, a conversa de Chapeuzinho com o lobo era um momento de suspense. Na versão de Mário Prata, como é essa conversa?
* Em torno de humor e ironia. Além disso ele introduziu elementos da vida moderna, o que alcança um efeito de humor.

EXPLORANDO O TEXTO

 O lobo vestiu a camisola da vovó e enfiou-se na cama. Quando a menina chegou, ele fez uma voz fraquinha e mandou que ela entrasse. Chapeuzinho achou que a avó estava muito esquisita e disse a ela:
  _ Vovó, que nariz enorme!
  _ É para te cheirar melhor, minha netinha!
  _ Vovó, que orelhas grandes!
  _ É para te ouvir melhor, minha netinha!
  _ Vovó, que boca grande!
  _ É pra te comer!
  E assim dizendo, o lobo atirou-se sobre Chapeuzinho Vermelho.
                                         
                                                  Baseado em Perrault.

1. Em quais parágrafos encontra-se o narrador?
* O narrador encontra-se no primeiro e no último parágrafo.

2. Observe no texto Chapeuzinho Vermelho de raiva o trecho onde aparece a voz do narrador. Compare com o trecho da história original e responda:
Em qual versão a voz do narrador da mais detalhes?
* Na versão original.

3. Que partes da história indicam que a versão de Mário Prata acontece aqui no Brasil e na época atual?
* "Guarujá, vovó, Passei o fim de semana lá."/ "- Ora, Chapéu, é a polição. Desde que começou a industrialização no bosque é um deus-nos-acuda." Etc.

4. Releia o conto de Mário Prata e responda:
O título Vovó vermelha de raiva seria adequado à história ? Por que?
* Sim, pois na verdade quem fica com muita raiva das perguntas da neta sobre sua aparência é a vovó/ lobo e não a Chapeuzinho.

5. Responda:
a) como está a floresta nos dias de hoje?
* Poluída por causa da industrialização.
b) o que a Chapeuzinho atual leva na cestinha para a vovó?
* Ela leva produtos industrializados, como Danone.

6. Que meio de transporte Chapeuzinho usa para ir à casa da avó?
* Ela vai de moto.


Seu Lobo

~~~~~~~~~~~~
Seu lobo, por que esses olhos tão grandes?
Pra te ver, Chapeuzinho.

Seu lobo, pra que essas pernas tão grandes?
Pra correr atrás de ti, Chapeuzinho.

Seu lobo, por que esses braços tão fortes?
Pra te pegar, Chapeuzinho.

Seu lobo, pra que essas patas tão grandes?
Pra te apertar, Chapeuzinho.

Seu lobo, por que esses nariz tão grande?
Pra te cheirar, Chapeuzinho.

Seu lobo, por que essa boca tão grande?
Ah, deixa de ser enjoada, Chapeuzinho!


                                                    Sérgio Capparelli

1. Quantas estrofes tem esse poema?
* 6
2. Quantos versos há no poema?
*12
3. Tem rimas?
* Não.

Dividam os versos, as meninas leem as perguntas e os meninos as respostas.


OUTRAS LINGUAGENS 

Veja como Maurício de Souza Brincou com o conto Chapeuzinho Vermelho. 



























Chapeuzinho Amarelo

chapeuzinho-amarelo-atividades-colorir
“Era a Chapeuzinho Amarelo.
Amarelada de medo.
Tinha medo de tudo, aquela Chapeuzinho.
Já não ria.
Em festa, não aparecia.
Não subia escada, nem descia.
Não estava resfriada, mas tossia.
Ouvia conto de fada, e estremecia.
Não brincava mais de nada, nem de amarelinha.
Tinha medo de trovão.
Minhoca, pra ela, era cobra.
E nunca apanhava sol, porque tinha medo da sombra.
Não ia pra fora pra não se sujar.
Não tomava sopa pra não ensopar.
Não tomava banho pra não descolar.
Não falava nada pra não engasgar.
Não ficava em pé com medo de cair.
Então vivia parada, deitada, mas sem dormir, com medo de pesadelo.
Era a Chapeuzinho Amarelo…
E de todos os medos que tinha
O medo mais que medonho era o medo do tal do LOBO.
Um LOBO que nunca se via,
que morava lá pra longe,
do outro lado da montanha,
num buraco da Alemanha,
cheio de teia de aranha,
numa terra tão estranha,
que vai ver que o tal do LOBO
nem existia.
Mesmo assim a Chapeuzinho tinha cada vez mais medo do medo do medo do medo de um dia encontrar um LOBO.

Um LOBO que não existia.
E Chapeuzinho amarelo,
de tanto pensar no LOBO,
de tanto sonhar com LOBO,
de tanto esperar o LOBO,
um dia topou com ele
que era assim:
carão de LOBO,
olhão de LOBO,
jeitão de LOBO,
e principalmente um bocão
tão grande que era capaz de comer duas avós,
um caçador, rei, princesa, sete panelas de arroz…
E um chapéu de sobremesa.
Mas o engraçado é que,
assim que encontrou o LOBO,
a Chapeuzinho Amarelo
foi perdendo aquele medo:


o medo do medo do medo do medo que tinha do LOBO.
Foi ficando só com um pouco de medo daquele lobo.
Depois acabou o medo e ela ficou só com o lobo.
O lobo ficou chateado de ver aquela menina olhando pra cara dele,
só que sem o medo dele.
Ficou mesmo envergonhado, triste, murcho e branco-azedo,
porque um lobo, tirado o medo, é um arremedo de lobo.
É feito um lobo sem pÊlo.
Um lobo pelado.
O lobo ficou chateado.
Ele gritou: sou um LOBO!
Mas a Chapeuzinho, nada.
E ele gritou: EU SOU UM LOBO!!!
E a Chapeuzinho deu risada.
E ele berrou: EU SOU UM LOBO!!!!!!!!!!
Chapeuzinho, já meio enjoada, com vontade de brincar de outra coisa.
Ele então gritou bem forte aquele seu nome de LOBO umas vinte e cinco vezes,
Que era pro medo ir voltando e a menininha saber com quem não estava falando:
LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO
Aí, Chapeuzinho encheu e disse:
“Pára assim! Agora! Já! Do jeito que você tá!”
E o lobo parado assim, do jeito que o lobo estava, já não era mais um LO-BO.
Era um BO-LO.
Um bolo de lobo fofo, tremendo que nem pudim, com medo de Chapeuzim.
Com medo de ser comido, com vela e tudo, inteirim.
Chapeuzinho não comeu aquele bolo de lobo, porque sempre preferiu de chocolate.
Aliás, ela agora come de tudo, menos sola de sapato.
Não tem mais medo de chuva, nem foge de carrapato.
Cai, levanta, se machuca, vai à praia, entra no mato,
Trepa em árvore, rouba fruta, depois joga amarelinha,
Com o primo da vizinha, com a filha do jornaleiro,
Com a sobrinha da madrinha
E o neto do sapateiro.
Mesmo quando está sozinha, inventa uma brincadeira.
E transforma em companheiro cada medo que ela tinha:
O raio virou orrái;
barata é tabará;
a bruxa virou xabru;
e o diabo é bodiá.
( Ah, outros companheiros da Chapeuzinho Amarelo: o Gãodra, a Jacoru, o Barão-tu, o Pão Bichô pa…
E todos os tronsmons.)

                                                                                                          Autor: Chico Buarque


Estudando e compreendendo o texto


1 - Quem é o autor da história?

[  ] Rita Azevedo
[  ] Carlos Holanda
[  ] Chapeuzinho
[  ] Chico Buarque

2 - Marque as opções de acordo com as coisas de que chapeuzinho tinha medo:


[  ] conto de fada
[  ] trovão
[  ] rir
[  ] pesadelo
[  ] escada
[  ] chorar
[  ] escrever
[  ] palhaço

3 - De que fala o texto?


[  ] Fala de músicas
[  ] Fala de coragem
[  ] Fala de crianças
[  ] Fala de medo

4 - Qual é o título do texto?


[  ] Amarelinha
[  ] Medo
[  ] Chapeuzinho Vermelho
[  ] Chapeuzinho Amarelo


5 – Marque V para VERDADEIRO e F para FALSO:

• Sobre a história da “Chapeuzinho Vermelho”:

( ) O lobo come a vovó da Chapeuzinho.
( ) A Chapeuzinho sonhava com o lobo?
( ) Chapeuzinho vai levar picolés à vovó?
( ) Chapeuzinho encontrou com o lobo a caminho da casa da vovó.
( ) O lobo é muito sabido.
( ) O lobo se disfarçou de vovó da Chapeuzinho.
( ) A vovó foi resgatada pelo Corpo de Bombeiro.
( ) Chapeuzinho era uma menina muito sabida e não tinha medo do lobo.
( ) O lobo insiste com Chapeuzinho que é um lobo para ela ficar com medo dele.
( ) A Chapeuzinho é uma menina muito custosa.

• Sobre a história da “Chapeuzinho Amarelo”

( ) O maior medo da Chapeuzinho era o lobo.
( ) A Chapeuzinho foi levar doces para sua vovó.
( ) O lobo morava num buraco da França.
( ) Não se sabe como Chapeuzinho encontrou com o lobo.
( ) A boca do lobo era muito grande.
( ) Assim que Chapeuzinho encontrou o lobo, foi perdendo o medo.
( ) O lobo gostou de saber que Chapeuzinho não tinha medo dele.
( ) O lobo da Chapeuzinho acabou se transformando num bolo.
( ) Chapeuzinho deixou de ter medo do lobo depois que encontrou com uma lebre.
( ) A vovó de Chapeuzinho foi engolida pelo lobo.

Fonte: Atividades para colorir.com.br

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Canção do exílio

Canção do exílio é o poema de Gonçalves Dias  é um dos mais conhecidos poemas da língua portuguesa no Brasil. Foi escrita em julho de 1843, em CoimbraPortugal. O poema, por conta de sua contenção e de sua alusão à pátria distante, tema tão próximo do ideário do Romantismo, tornou-se emblemático na cultura brasileira. Tal caráter é percebido por sua freqüente aparição nas antologias escolares, bem como pelas inúmeras citações do texto presentes na obra dos mais diversos autores brasileiros.


Canção do exílio

"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."

Vocabulário

exílio:1. Expulsão ou mudança forçada de uma pessoa de seu país, por decreto de autoridade, como pena ou castigo. 
2. Abandono de seu próprio país voluntariamente, por inconformismo político; ausência auto imposta de seu próprio país. 
Gorjeiam:  Som agradável,emitido por passarinhos 
várzeas 1 Campina cultivada. 
2 Planície de grande fertilidade. 


 cismarPensar fixamente (em alguma coisa), imaginar .

primores: Beleza, esplendor

desfruteaproveitar com prazer.





1. Desenhe a árvore e o pássaro mencionados no poema.








2. Onde e quando o poema foi escrito?
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3. Quantos versos e quantas estrofes tem o poema?
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4. Em qual estrofe o poeta não menciona a árvore e o pássaro?
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5. No verso 7 "Nossas flores tem mais vida ", a palavra vida  tem sentido e refere-se a:

(A) vigor e refere-se a flores.
(B) fraqueza  e refere-se a vida humana.

6. Reescreva a segunda estrofe e grife suas rimas
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O texto é estruturado a partir do contraste entre a paisagem europeia e a terra natal - jamais nominada, sempre vista com o olhar exagerado de quem está distante e, em sua saudade, exalta os valores que não encontra no local de exílio. A construção patética (de pathos, comoção) é feita pela repetição das idéias expostas nos versos iniciais e pela súplica dos últimos versos:
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá
Sem que desfrute dos primores
Que não encontro eu cá
Sem qu'inda aviste as palmeiras
Onde canta o sabiá
O poema é marcado por uma contenção formal, uma economia de termos e um cuidado métrico que seria aos poucos abandonado pelos poetas românticos posteriores. Sua forma equilibrada tornou-o material perfeito como texto declamatório. A grande exposição do poema ao longo da história literária brasileira teria, para alguns autores, banalizado a criação ao ponto de extrair do leitor contemporâneo o impacto inicial de seus versos.

Fonte: Wikipédia



 Gonçalves Dias (1823-1864) nasceu no Caxias (MA), no dia 10 de agosto de 1823.

Foi estudar na Europa, em Portugal em 1838 onde terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1840), retornando em 1845, após bacharelar-se. Atravessando graves problemas financeiros, Gonçalves Dias é sustentado por amigos até se graduar bacharel em 1844.


Ainda em Portugal, escreveu sua famosa poesia “Canção do exílio”, a qual mostra o saudosismo do autor em regressar ao Brasil. De volta ao país de origem, tem alguns casos amorosos e vive uma paixão por Ana Amélia. No entanto, a mão da jovem é recusada pelo fato de Gonçalves Dias ser mestiço. Acometido por doenças regressa à Europa em busca de tratamento. Na volta ao Brasil, o poeta morre nas costas do Maranhão, no naufrágio do Ville de Boulogne, navio no qual estava no dia 3 de novembro de 1864.

1- A sigla MA significa

(A) Mato Grosso
(B) Maranhão
(C) Amazonas

2- Com que idade Gonçalves Dias faleceu?

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3- Quem estuda Direito qual profissão vai exercer?

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4- Em qual continente fica Portugal?

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5- Em qual continente você mora?

(A) Continente Asiático.
(B) Continente Europeu.
(C) Continente Americano.
(D) Continente Africano.


                  Outras canções de exílio


Canção do Exílio
(Casimiro de Abreu) 

Eu nasci além dos mares:
Os meus lares,
Meus amores ficam lá!
— Onde canta nos retiros
Seus suspiros,
Suspiros o sabiá!

Oh que céu, que terra aquela,
Rica e bela
Como o céu de claro anil!
Que seiva, que luz, que galas,
Não exalas
Não exalas, meu Brasil!

Oh! que saudades tamanhas
Das montanhas,
Daqueles campos natais!
Daquele céu de safira
Que se mira,
Que se mira nos cristais!

Não amo a terra do exílio,
Sou bom filho,
Quero a pátria, o meu país,
Quero a terra das mangueiras
E as palmeiras,
E as palmeiras tão gentis!

Como a ave dos palmares
Pelos ares
Fugindo do caçador;
Eu vivo longe do ninho,
Sem carinho;
Sem carinho e sem amor!

Debalde eu olho e procuro...
Tudo escuro
Só vejo em roda de mim!
Falta a luz do lar paterno
Doce e terno,
Doce e terno para mim.

Distante do solo amado
— Desterrado —
A vida não é feliz.
Nessa eterna primavera
Quem me dera,
Quem me dera o meu país!

                                       Lisboa, 1855



                                                                Vocabulário

Retiros: lugares tranquilos
Seiva: vigor, energia, entusiasmo
Galas: pompas, luxos, festas
Exalas: emanas, soltas de ti
Safira: pedra preciosa de cor azul
Se mira: se reflete, se espelha
Palmares: regiões do Nordeste cobertas de palmeiras
Debalde: em vão
Desterrado: exilado

1- Onde e quando o poema de Casimiro foi criado?

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2- Entre a criação do poema de Gonçalves Dias e a de Casimiro de Abreu, quantos anos transcorrem?

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3- Quais substantivos são idênticos nos dois poemas?

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4- Quantas estrofes tem esse poema?

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Reescreva a segunda estrofe e indique as rimas.

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                         Canção do Exílio

Carlos Drummond de Andrade também escreve a sua Nova canção do exílio, em 1945, que é dedicada a Josué Montello. Das diferentes leituras do poema Canção do Exílio que possibilitam o conhecimento da nossa pátria ao mesmo tempo em que nos reconhecemos como parte dela, é meu preferido.

Drummond, mais filosófico, reflete, em seu poema, sobre a distância da felicidade existente na sua terra natal e não tem o tom crítico de Oswald de Andrade e Murilo Mendes.
O poeta, em sua releitura, retoma a imagem do sabiá e da palmeira para idealizar um lugar indeterminado. Na construção “um sabiá, na palmeira, longe” percebe-se a indeterminação – de qual sabiá? Em que palmeira? Longe onde? Como sabiá e palmeira já estão plantados na imaginação do leitor, ele apenas os enuncia.

No final do poema, o poeta inverte a posição do sabiá/palmeira e, além de determinar “a palmeira, o sabiá”, através do uso do artigo definido, substantiva o advérbio “longe”, reforçando a ideia de exílio: o “longe”, lugar de onde veio. Esse afastamento constitui o seu exílio.

Drummond vai além do nacionalismo, discute sobre os lugares míticos que criamos na imaginação, em geral associados à terra natal: "onde tudo é belo / e fantástico: / a palmeira, o sabiá, / o longe".

Nova Canção do Exílio

Um sabiá
na palmeira, longe.
Estas aves cantam
um outro canto.
O céu cintila
sobre flores úmidas.
Vozes na mata,
e o maior amor.
Só, na noite,
seria feliz:
um sabiá,
na palmeira, longe.
Onde tudo é belo
e fantástico,
só, na noite,
seria feliz.
(Um sabiá,
na palmeira, longe.)
Ainda um grito de vida e
voltar
para onde tudo é belo
e fantástico:
a palmeira, o sabiá,
o longe.
(Carlos Drummond de Andrade)

Que diferença você nota entre o poema de Casimiro de Abreu e o de Drummond?

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Canção do Exílio Facilitada

lá?
ah!
sabiá…
papá…
maná…
sofá…
sinhá…
cá?
bah!

José Paulo Paes

Esta é outra paródia à “canção do exílio”.
Nesta paródia toda a imensa canção é resumida e mantem-se apenas as ‘coisas’ mais importantes:
  • a estrutura principal de rimas
  • a idéia central.
O “lá? ah!” dá valor à terra que está distante, o Brasil. Depois começa a evidenciar diversos aspectos positivos da terra brasileira: “sabiá, papa, mana, sofá, sinhá”. E, por fim, termina-se mostrando a insatisfação com o lugar onde se está “cá? bah!”.

1- Quantos substantivos há no poema?

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Quantos advérbios foram usados?

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4- Que significado tem a palavra ?

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5- A interjeição ah expressa o que?

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6- O que representa o adverbio ?

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7- O que bah significa?

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Por Paula Perin dos Santos


A “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias inspirou vários poetas de diversas épocas.

O poema “Canto de regresso à pátria”, de Oswald de Andrade, é uma produção realizada no início da década de 20, época que se caracterizava pelo nacionalismo crítico e por uma revisão tanto da história do Brasil como da produção literária anterior que, segundo o pensamento da época, havia uma apropriação inadequada das produções e ideais estrangeiros. Oswald foi o precursor do antropofagismo, que significa “comer o que vem de fora, desfazendo-se do que é de fora e incorporando elementos nacionais”. É nessa perspectiva que Oswald critica a forma ufanista de Gonçalves Dias ao valorizar os elementos nacionais. No “Canto de regresso à pátria”, Oswald, por trás do humor e da sátira, ainda mantém o caráter nacionalista na poesia, mas sob um olhar crítico. A Rua 15, que abriga as principais agências bancárias do país, contrapõe-se ao progresso de São Paulo, que implica em mais poluição, desapropriação da natureza para dar lugar aos arranha-céus e à desigualdade social.

Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte pra São Paulo
Sem que eu veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo.

Murilo Mendes, em sua “Canção do Exílio”, utiliza o mesmo humor e sátira de Oswald de Andrade, mas foi mais ousado ao apresentar uma nova perspectiva em sua releitura: denuncia a invasão cultural estrangeira no Brasil. O nacionalismo em seu poema se fundamenta numa crítica à realidade sócio-cultural brasileira. Ele não se conforma em se aceitar tudo o que vêm de fora: as frutas, os pássaros, os artistas, as ideologias… Ele tem consciência de que também temos coisas boas e que temos de valorizá-las. Ele mostra, porém, que quando isso acontece, o preço das coisas sobem: temos de comprar frutas de “quinta categoria”, que são baratas, pois as nossas frutas, que são às melhores, são exportadas e, quando comercializadas aqui, custam “o olho da cara”. Essa desigualdade sócio-cultural faz o poeta sentir-se um exilado em sua própria terra:

Eu morro sufocado
Em terra estrangeira
Nossas flores são mais bonitas
Nossas frutas são mais gostosas
Mas custam cem réis a dúzia.

Na última estrofe, o poeta propõe uma forma de “abrasileirar” o Brasil, expressa pela vontade de “chupar uma carambola de verdade” (da terra, do Brasil) e de ouvir um sabiá cantar, mas que tenha uma certidão de nascimento que comprove a nacionalidade brasileira.

Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
E ouvir um sabiá com certidão de idade!

Mário Quintana, poeta modernista, em sua releitura “Uma Canção”, não apresenta um exílio geográfico, mas de uma inadaptação da realidade que o envolve: o onde e o agora. É através desse questionamento da existência que o poeta nega dois valores fundamentais do texto-mãe: “as palmeiras e o sabiá”, quando afirma que “As aves invisíveis cantam em palmeiras que não há”.
Ele se sente como Murilo Mendes, um exilado em sua própria terra:

Mas onde a palavra “onde”?
Terra ingrata, ingrato filho,
Sob os céus de minha terra
Eu canto a Canção do Exílio!

Na música “Sabiá”, de Tom Jobim e Chico Buarque, estamos diante de um “eu” que vive um exílio forçado. Apesar de reconhecer que os valores de sua terra foram destruídos, esse “eu” insiste em querer voltar, na esperança de que um novo tempo se anuncie:

Vou voltar
Vou deitar à sombra de uma palmeira
que já não há
Colher a flor que já não dá
E algum amor, talvez possa encontrar
As noites que eu não queria
E anunciar o dia
Vou voltar (…)

Em “Outra Canção do Exílio”, Eduardo Alves da Costa, poeta também contemporâneo, percebemos o mesmo sentimento de Mário Quintana: o poeta sente-se exilado em sua terra. O poema transpassa uma onda de amargura, já que o poeta faz profunda crítica à situação social brasileira partindo de situações do cotidiano, como o futebol.

Minha terra tem Palmeiras
Corinthians e outros times
De copas exuberante
Que ocultam muitos crimes.

Apenas nestes quatro versos o poeta denuncia o fanatismo dos torcedores e a violência nos estádios. O poeta aponta a rivalidade dos dois times, cujo número de brigas nos estádios e fora deles é freqüente. O futebol no Brasil é motivo de ufanismo, citamos o exemplo do Governo Médici, com seu lema “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Médici aproveitou o momento da Copa de 70 para fazer sua propaganda política, que girava em torno dos seus planos, como o conhecido “milagre econômico”, que se baseava na entrada de capital estrangeiro no país. Enquanto a atenção dos brasileiros estava voltada aos jogos da Copa do Mundo, aqui aconteciam repressões, exílios, censura e violência contra quem denunciava os abusos do governo.
O poeta também denuncia a poluição como conseqüência do progresso. Antes, ele era livre e feliz, cantava nos matagais, pois não havia violência. Hoje o matagal é sinônimo de assassinato. Por isso o poeta se queixa:

Em cismar, sozinho, ao relento,
sob um céu poluído, sem estrelas,
nenhum prazer encontro eu cá

O poeta chega a constatação de realidade de um país que possui muitas riquezas minerais e humanas, mas que é explorada de forma inadequada por uma situação política opressora. Assim, o seu exílio é decorrente pela falta de liberdade existente em seu próprio país; o poeta chega a temer que “lhe fechem os olhos” por ver demais:

Não permita Deus que eu morra
Pelo crime de estar atento;
E possa chegar à velhice
com os cabelos ao vento
de melhor momento.
Que eu desfrute os primores
do canto do sabiá;
Onde gorjeie a liberdade
Que não encontro por cá.

A mais contemporânea releitura da “Canção do Exílio” foi feita por Jô Soares, a “Canção do Exílio às Avessas”. Este poema trata da situação política do Brasil de 90/92, ano do impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo. Através da paródia, recheada de sátira e humor, o poeta fala das belezas, modernidade, conforto e mordomia que é o Palácio da Alvorada e, o mais interessante, é o horror que o eu-lírico (Collor) tem de voltar à sua terra, Alagoas. Ele faz referência à sua “amizade” com PC Farias, caixa-dois de sua campanha para presidente e cúmplice de suas falcatruas. O seu lema era acabar com os Marajás e até com isso o poeta brincou, ao mencionar a Ilha de Marajó. Como o próprio título do poema sugere, ao invés do eu – lírico sentir saudades de sua terra, como nos outros poemas, o que ele mais suplica é:

Não permita Deus que eu tenha
De voltar pra Maceió
Pois no meu jardim tem lagos
Onde canta o curió
E as aves que lá gorjeiam
São tão pobres que dão dó.

Enquanto o poema matriz de Gonçalves Dias possui rimas oxítonas em “á” (sabiá, cá, lá), a “Canção do Exílio às avessas” mantém a rima oxítona em “ó” (curió, Maceió, Marajó, cocoricó, cipó, dó, avó, xilindró, xodó). Assim, ele canta a vida boa que agora leva e as belezas da “Dinda”, desprezando suas origens, costumes e a realidade social de seu povo. O poema é cheio de imagens, o que nos permite a visualizar cada verso do poema. De um lado, a paisagem nordestina, multifacetada: cactos, meninos nus, barrigudos, pele tostada, galináceas, contrastando com outra realidade: o mundo dos poderosos, corruptos, o Palácio Presidencial, com seus lagos e jardins, formando uma paisagem afrodisíaca e, sobre seu trono, o eu – lírico, Collor, desesperado, morrendo de medo de lhe tirarem o posto, suplicando:

E depois de ser tratado
Pelo PC, com xodó,
Não permita Deus que eu tenha
De acabar no xilindró.

Este estudo foi importante, pois nos permitiu investigar, ao longo do tempo, as diversas recriações literárias em torno da mesma temática e tipologia (poemas) do texto matriz, “A Canção do Exílio” de Gonçalves Dias. Percebe-se que cada poeta procura adaptar a releitura ao seu contexto, dando ênfase a um aspecto novo e até assumindo uma postura crítica ao texto original.
Não se pode afirmar que um poema foi melhor que o outro, nem que o texto matriz é, por excelência, o melhor por ter sido o primeiro, pois provamos que a ideia de exílio é remota. O que não se pode negar é que cada poeta procurou apresentar seu propósito e deixar na sua releitura as marcas de seu contexto social, político, cultural e filosófico.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Capas diversas para os cadernos



Hello Kitty:

Pica Pau:

Patati Patatá:

Smurfs:

Barney:

Chaves:

Bob Esponja:

Mario Bros:

Bob Esponja: 

Júlio do Cocórico:

O laço e o abraço

http://www.pedagogia.com.br/projetos/lacos.php

“Como é engraçado!... Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço...
Uma fita dando voltas? Se enrosca...Mas não se embola , vira, revira, circula e pronto:
 está dado o abraço. É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de  braço.
É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido,
 em qualquer coisa onde o faço. E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?
 Vai escorregando devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido. E na fita que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então é assim o amor, a amizade. Tudo que é sentimento? Como um pedaço de fita?
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade. E quando alguém briga, então se diz - romperam-se os laços.-
E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.

Então a amizade é isso... Não prende, não escraviza, não aperta, não sufoca.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço”.
 
APRESENTAÇÃO:


O texto acima ilustra o quanto o processo de construção de um relacionamento não acontece de forma mágica. A observância de alguns princípios norteadores são fundamentais nessa construção como, por exemplo, reconhecer que todas as pessoas são merecedoras da confiança, da amizade e do respeito dos outros.  A pessoa é um ser em constante relação. Essa relação é estabelecida consigo mesma a com os outros, na tentativa de satisfazer as próprias necessidades. amadurecer a realizar-se.O laço e o abraço

Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre. Paulo Freire